As boas ações agradáveis a Deus; Confira o artigo de Pe. Nilo Luza, ssp

O evangelho do início da Quaresma apresenta a proposta de Jesus a respeito das “boas obras” ou “obras de piedade”: esmola, oração e jejum. Três práticas muito importantes para os judeus e os cristãos. Essas ações ganharam especial impulso durante o exílio na Babilônia, quando os judeus não tinham o templo para suas práticas religiosas e sacrifícios.

Jesus não pretende desprezá-las nem aboli-las. O que está em jogo não são as obras em si, mas o uso que faz delas o “hipócrita” – que pode ser qualquer um, já que nenhum ser humano é “anjo em estado puro”. O Mestre propõe apenas que sejam autênticas e não simples exibicionismo, situação em que se tornariam sem nenhum valor diante de Deus.

São três ações recomendáveis principalmente no tempo da Quaresma, quando somos convidados a intensificar nossa conversão. Elas nos põem em relação com os outros (esmola), com Deus (oração) e com nós mesmos (jejum).

A esmola vem em primeiro lugar e expressa o nosso compromisso e solidariedade com a vida dos outros, principalmente com os mais necessitados e empobrecidos. Deus age por intermédio de pessoas dispostas a “colocar a mão no bolso” para ajudar, como diz o papa Francisco – isto é, comprometidas com o bem da humanidade sofredora. Quem busca admiração e aplauso humanos dispensa a recompensa divina.

A oração estabelece nosso relacionamento com Deus. Jesus nos pede uma oração despojada de pretensões e de muito palavrório, sem alarde e sem hipocrisia, ou seja, uma oração que corresponda à nossa vivência cotidiana e seja do agrado do Pai.

O jejum nos confronta diretamente, convidando-nos a renunciar a algo que consideramos importante e abrindo-nos a mente para novos horizontes, nos quais descobrimos pessoas despojadas de tudo, jejuando diariamente. O jejum é um exercício de educação dos próprios instintos e paixões.

Fonte: Portal Kairós

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